Exatamente as 5 e meia da manhã o alarme dispara. O som irritante do seu celular tocando What Goes Around Comes Around faz com que Maria acorde com uma vontade de matar um boi, ou talvez dois, por se lembrar que tem que ir trabalhar na empresa de Bernardo. Troca-se rapidamente para não perder o ônibus das 7 horas, já que o próximo só passaria naquele ponto as 8 horas da manhã, come um pão amassado com formigas dentro do dia anterior com um pouco de suco de goiaba e segue até o ponto.
A empresa de telefone ficava distante da sua casa, mas a necessidade de viver sozinha e se sustentar era maior que qualquer dificuldade. Maria amava trabalhar, tanto é que possuia dois empregos, mas isso fica pra depois...
Na sua salinha pequena que dividia com uma funcionáia, que ja estava lá cerca de 20 anos, encontravam-se várias coisinhas peculiares. Encima da mesa de Dona Matilde existiam várias miniaturas, miniaturas de tudo que é possível imaginar, e do lado delas um botão de camisa dentro de uma caixinha transparente.
Maria nunca se deu conta do significado que aquela caixinha possuía, na verdade, ninguém entendia. Maria se encantava mesmo era com os quadros no corredor, ela nunca soube o nome do artista, mas achava fascinante os relógios derretidos, as borboletas em cores vivas, os outros animais deformados. Tinha um quadro que ela ficava admirando por horas e horas, aquele em que os cisnes refletiam elefantes num lugar meio deserto. Era uma das melhores coisas pra ela, só perdia pra o forró do bar do Benedito as 19h onde trabalhava também.
Em torno das 17h, Bernardo aparecia na sala pedindo os papéis e fiscalizando o trabalho das duas. Era a pior hora do dia pra Maria, ela tinha que aguentar o sotaque gaúcho daquele paraense. "Passou 1 mês no Rio Grande do Sul e voltou pra sua terra com a boca cheia de chimarrão e com uma menina de 21 anos grávida dele, vê se pode, Matilda" Elas se divertiam com essa conversa, riam a tarde toda do "pobre" patrão. Ah, como ela odiava aquele cheiro de cebola e alho que vinha do hálito dele. Ela não o detestava, mas detestava a sua presença.
As luzes começam a serem acesas, é sinal de que já está na hora de partir. Mariazinha pega sua bolsa com seu kit de maquiagem, vai ao banheiro e se troca pra ir ao bar do Benedito que ficava a 4 quadras dali.
Ao contrário de Bernardo, ela tinha um carinho enorme por Seu Benedito, um senhor de 64 anos, mesma idade de Matilda. Ele é amigo dos seus pais, sempre ajudou Maria, desde criancinha.
As 19h30 os clientes começam a chegar no bar, Maria logo se alegra porque sempre ganha gorjeta no final, o bar tinha música ao vivo, quase sempre era forró.
Entraram 2 rapazes bem vestidos, um branco e o outro negro. Estavam atrás de Benedito "Bené, cade meu pagamento?"
Benedito estava sem dinheiro naquela hora, mas o rapaz logo se exaltou, bateu em seu Bené. O rapaz negro que estava acompanhando não sabia o que estava acontecendo e saiu correndo. Todos os clientes saíram do bar apavorados. Só estavam lá: Benedito, Maria e o rapaz branco.
Esse rapaz armado prendeu Benedito perto da porta, pedia insistivamente o seu pagamento mas o coitado do velho não tinha, mas que ele podia ficar com Maria.
Ela estava muito calma para quem ia ser estuprada. O rapaz branco deitou Maria na mesa, tirou-lhe a blusa, lambeu o seu delicioso par de seios siliconados, abaixou a sua saia vagarosamente, viu uma tatuagem escrita na sua pelve "Maria mas sempre Airam" e deu um belo tiro na sua própria cabeça. Maria tinha um pênis
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